Quando ouvimos falar de assertividade pensamos automaticamente na comunicação. Ser assertivo é uma competência importante nos relacionamentos interpessoais. Apela à capacidade de nos expressarmos, transmitindo as nossas ideias, com calma. Devemos em simultâneo respeitar as opiniões dos outros, não os magoando.
Pode parecer intuitivo agir desta forma, mas muitas vezes a nossa comunicação é centrada na agressividade e/ou passividade, não alcançando por isso o equilíbrio que o estilo mais assertivo nos permite. A assertividade é uma competência que se aprende e treina.
Mas e assertividade emocional, o que é? Ser assertivo emocionalmente implica necessariamente três passos: consciência, controlo e partilha.
Como ponto de partida é fundamental que saibamos reconhecer as nossas emoções e a dos outros, dar nome a essas emoções e perceber se são emoções positivas ou negativas, uma vez que isso afeta o nosso comportamento posterior. Não se trata de estar feliz, alegre ou triste, mas sim de ter consciência que se está feliz, alegre ou triste. Ter essa compreensão é essencial para o equilíbrio psicológico e para uma boa gestão dos relacionamentos interpessoais. De facto, conhecer a linguagem emocional e a forma como as emoções nos fazem sentir são capacidades básicas e primordiais da inteligência emocional, aprendidas na infância, mas que muitos adultos revelam dificuldades.
Após ganhar consciência de como nos estamos a sentir, devemos aprender a controlar as emoções, de forma a respeitar os outros e a nós mesmos. O auto-controlo passa por exteriorizar as nossas emoções de forma adequada. Para isso pode, por exemplo, respirar fundo, deixar passar algum tempo ou tentar mudar a perspetiva do problema, admitindo novos pontos de vista. Comportamentos de agressividade ou passividade não são boas formas de controlar os sentimentos porque não permitem uma expressão adequada e justa para os outros ou para uma determinada situação.
Por fim, partilhar as nossas emoções, depois de ter passado pela consciência emocional e pelo filtro do controlo, promove as relações interpessoais e sensações de bem-estar, favoráveis à felicidade e à união entre pessoas. A partilha de emoções aproxima-nos, sendo provavelmente o ponto mais alto da convivência humana.
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