Blog

Ponto de ruptura!

Os pais…são pessoas!

Todos temos pontos de ruptura, uma linha limite para lá da qual não nos responsabilizamos por quase nada ou por nós mesmos. Este ponto é variável de pessoa para pessoa e de momento para momento. Depende normalmente do carácter, da paciência, do nível de stress, cansaço e se a situação ou problema já se arrasta há muito tempo.

Devíamos ter um alarme pré-aviso, que sinaliza-se está prestes a “verter para fora” após o nosso ponto de ebulição. Se por exemplo um pai estiver habituado a gritar, a zangar de forma dura ou até dar uma palmada, pode começar a ser espetador atento do momento em que por norma costuma partir para esses tipos de comportamentos ou o que é que normalmente os origina.

Alguns pais são do género “panela de pressão”, acumulam, deixam a pressão subir e explodem ser por vezes os filhos estarem à espera, outros deixam desde cedo o aviso de explosão. Pensemos qual o nosso limite, qual o sítio no qual o retrocesso de explosão será possível, minimizando os estragos e estilhaços.

Caso não consiga ir a tempo de chegar aos limites, saibamos que o ideal é primeiro tentar acalmar à medida dos gostos de cada um, como forma de balão de oxigénio e resgate. Gosto de fazer este paralelismo na parentalidade com a analogia do avião. Em caso de despressurização ou acidente, os tripulantes dão nos a instrução/treino de que primeiro colocamos nós (pais) a mascara e só depois a colocamos aos nossos filhos…claramente não se trata de um gesto egoísta ou auto centrado mas, antes sim, de priorizar o que é essencial – a regulação emocional dos pais, para depois poder vir a dos filhos.

Um pai muito zangado ou descontrolado emocionalmente não “educa”. Ninguém com raiva ou com cortisol (hormona do stress) em níveis muito elevados é muito sensato …

Artigos relacionados

As crianças crescem num mundo dominado por adultos: ordens, tarefas, perguntas, instruções, coisas para memorizar e horários. O mundo já está programado, e elas só têm que cumprir...
As férias de verão são a época do ano mais esperada pelas crianças, e na qual surgem mais dúvidas para os adultos. Temos medo da possibilidade de que...
Existe, indubitavelmente, uma relação causal entre a nossa educação e os padrões de pensamentos, comportamentos e emoções que desenvolvemos. Muitas vezes, em consulta, a consciência da forma como...
Nos últimos dias, durante um momento de scroll numa rede social deparei-me com esta imagem e pensei “é mesmo isto”. A verdade é que a temática das redes...
Vivemos numa sociedade em constante mudança e envolvidos numa pressão comunicacional que nos condiciona para a adaptação a uma realidade e para escolhas que nem sempre convivem pacificamente...

Categorias

Autores