Atualmente verificam-se mudanças na estrutura familiar, com maior número de relações verticais em detrimento das relações horizontais. Por outras palavras, as famílias tendem a ser multigeracionais mas pouco numerosas, tanto por conta da diminuição de número de filhos por casal, no máximo três.
Debrucemo-nos sobre as famílias com três filhos. Importa compreender o espaço temporal entre os irmãos, as relações estabelecidas entre eles e a perceção de cada um face ao lugar que ocupa na família.
O filho mais velho é aquele que um dia já teve atenção parental exclusiva e torna-se mais sensível às regras e responsabilidades impostas pelos pais. O filho mais novo é aquele que reivindica a atenção pela maior necessidade de cuidados e tende a ter menos limites impostos pelos pais. Resta o filho do meio, aquele que consegue a atenção passageira e não tem a confiança e credibilidade do mais velho nem a proteção do mais novo. É neste sentido que surge a síndrome do filho do meio ou filho-sanduiche.
Há uma tendência para que o filho do meio se sinta menos importante, quando comparado com os irmãos, o que se reflete na sua autoestima e crises de identidade. Este tem uma maior necessidade de atenção e aprovação, sendo os seus comportamentos pensados no sentido de não dececionar e agradar os pais.
Posto isto, é fulcral uma resposta adequada dos pais, para fazer face a estas dificuldades deste filho e ajudarem-no a ultrapassaram os obstáculos impostos, tanto em termos do desenvolvimento pessoal como a nível do desenvolvimento da relação entre irmãos (e.g. rivalidade, ciúme e comparação)
Aos pais – o que fazer: