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Sabe “dar nome” às suas emoções?

Conhecer as nossas emoções é, não só, extremamente importante como fundamental, uma vez que nos permite relacionar, de forma adequada, com os outros. Para isso, é indispensável saber ‘dar nome’ às emoções, de forma a torna-las mais claras, conhecendo desta forma as suas características e limites e, assim, poder dominá-las. À capacidade de lidar com as emoções de forma adequada também se pode chamar de autocontrolo, domínio ou controlo emocional.

Emoção significa em latim emovere, ou seja, movimentar, deslocar. Por isso, a emoção é aquilo que nos move no nosso dia-a-dia, que nos permite agir, sendo que as suas principais funções são as de nos mobilizar para a acção e de regulação da interacção com os outros. Se é algo tão importante, é essencial conhecer os vários tipos de emoções que existem e as suas respectivas funções.

Assim, existem vários tipos de emoções: Emoções Primárias, Secundárias e Instrumentais. As emoções primárias/básicas são inatas, universais e evolutivas. Consensualmente, existem cinco emoções primárias: alegria, tristeza, medo, raiva e nojo. As emoções primárias têm as seguintes funções:
•Alegria
– Tem a função de nos fazer repetir acontecimentos positivos;
– Ativada quando há mudança de uma situação negativa ou neutra para uma situação positiva.
•Tristeza
– Tem a função de assinalar que um objetivo ou um estado que se desejava alcançar não foi atingido ou funcionar como sinalizador da existência de algum problema que envolve o indivíduo. Esta emoção tem uma função adaptativa, na medida em que pode levar o sujeito a avaliar as fontes dos problemas, a procurar suporte social e a favorecer o estreitamento das relações com os outros. (Melo, 2005).
•Medo
– Está associado ao perigo e tem a função de proteger os indivíduos de determinados riscos que possam ocorrer;
– É, muitas vezes, confundido com ansiedade, no entanto o medo é a reacção ao perigo e passa em instantes, enquanto que a ansiedade é o medo sentido por antecipar perigos e pode tornar-se crónica. Também é confundido com surpresa porque quando nos assustamos também nos surpreendemos.
•Raiva
– Pode surgir quando nos sentimos frustrados por não conseguir atingir algo.
•Nojo
– É uma emoção primitiva, caracterizada por repulsa e afastamento, associado com evitação e distanciamento do estímulo, que não nos agrada.
Já as emoções secundárias são aprendidas mais tarde no seio da sociedade (por exemplo: ciúme ou inveja). Por conseguinte, as emoções instrumentais, tal como o nome indica, servem como um ‘instrumento’ para manipular o outro em proveito próprio.
Em suma, importa referir que todas as emoções são importantes, mesmo aquelas que experienciamos como menos positivas. Por exemplo, o medo, frequentemente é visto como uma emoção negativa, no entanto tem a função de nos proteger, assim como a raiva, que aparentemente é vista como indesejável, dá-nos informação sobre algo que não conseguimos atingir, sobre o nosso próprio comportamento ou o dos outros.
Agora que já conhece melhor as suas emoções, esteja atento a elas, dê-lhes ‘nome’ e use-as para alcançar um maior bem-estar consigo e com os outros.

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