Aprendemos, desde cedo a estarmos atentos, a partilhar o que temos e a pensar primeiro no outro, e só depois em nós. Aprendemos que o devemos fazer para não sermos egoístas, porque se o formos, vamos acabar sozinhos. E quantas vezes nos criticamos por pensarmos primeiro em nós? Será um pensamento errado sermos a pessoa mais importante da nossa vida?
De uma forma geral, podemos definir uma pessoa egoísta como alguém extremamente individualista, que acredita que os seus interesses são os mais importantes, que defende que só a sua opinião é válida e que as suas necessidades devem ser satisfeitas, muitas vezes, em detrimento das necessidades dos outros.
Mas quando é que deixa de ser egoísmo e passa a ser amor-próprio?
O amor-póprio pode ser definido como um sentimento de dignidade ou respeito que uma pessoa tem por si própria; autoestima.
Atualmente, é muito comum falar-se em amor-próprio e autocuidado, quase como justificativa para a necessidade de nos focarmos em nós e nas nossas necessidades, como se fosse preciso uma razão para o fazermos. E não, não se trata de um ato egoísta, quando o foco é o nosso bem-estar, a satisfação das nossas necessidades. É importante compreendermos que, para sermos úteis para quem nos rodeia, temos de estar bem connosco mesmos.
A confusão entre os conceitos surge porque, em muitas situações, justamente por nos amarmos, priorizamos o nosso bem-estar. Mas isso não significa que o façamos em detrimento do bem-estar dos que nos rodeiam.
E em que consiste o autocuidado?
Normalmente, envolve todas as atividades que, com regularidade, fazemos para ajudar a manter, ou melhorar, o nosso bem-estar e saúde psicológica. As necessidades de autocuidado são diferentes para cada um de nós e variam, também, em momentos diferentes da nossa vida.
Defina quais são as suas e procure atividades que valoriza.
Não sinta culpa e tire, todos os dias, uns minutos do seu tempo, para pensar em si! Porque reservar tempo para se autocuidar deve ser um hábito diário.
Podermos cuidar de nós não é sermos egoístas!