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Como ocorre o orgasmo?

Os orgasmos das pessoas que têm vulva são todos diferentes e dependem de diversas variáveis. Dependem da excitação sexual naquele determinado momento mas, de uma forma geral, dependem também da capacidade que a pessoa tem para se sentir confortável consigo mesma, com o seu prazer, e com as crenças que tem sobre a sexualidade.

Para atingir o orgasmo é necessário um bom nível de excitação sexual, seja ela psicológica e/ou fisiológica. Podemos caracterizar genericamente o orgasmo como uma sensação variável e transitória de intenso prazer que pode criar leve alteração do estado de consciência. É acompanhado de contrações rítmicas e involuntárias da musculatura pélvica, muitas vezes com contrações uterinas e anais. Este estado dura, em média, 5 a 12 segundos e culmina, geralmente, com a sensação de bem-estar e satisfação, derivado da libertação de oxitocina e prolactina.

O clitóris, direta ou indiretamente, parece ser a peça fundamental do orgasmo, mostrando-se como o órgão responsável única e exclusivamente para a obtenção de prazer. Esta estrutura é composta por uma parte visível (constituída pela glande e prepúcio) mas também por uma parte interna (referente aos corpos cavernosos e bulbos vestibulares), e está intimamente ligada à vagina e uretra. O tamanho total do clitóris é variável e a sua extensão pode chegar aos dez centímetros. É também importante referir que, tal como o pénis, o clitóris e outras estruturas genitais contêm tecido erétil e, por isso, num estado de excitação aumentam de tamanho.

O prazer que advém da estimulação do clitóris é diferente para cada pessoa. O contato com a língua, dedos, tecido, brinquedos sexuais, ou os órgãos genitais de outra pessoa podem ser opções para aumentar a excitação sexual e desencadear o orgasmo. Nesse sentido, experimentar diferentes tipos de toque, individualmente ou em parceria, pode ajudar a familiarizar-se com as sensações que lhe dão mais prazer. 

O orgasmo pode ser induzido pela estimulação erótica de uma variedade de locais genitais e não-genitais. Apesar do clitóris e a vagina serem os locais mais comuns de estimulação, existem outras zonas que poderão ser igualmente prazerosas. Conhece as suas? Sabemos que a pele é considerada o maior órgão do corpo humano, tendo cerca de dois metros quadrados de extensão, então por que não explorar as áreas que são mais sensíveis para si? Por exemplo, as mamas, os mamilos, o ânus, os pés, as orelhas, as coxas, as mãos, os dedos, ou qualquer outra parte que lhe dê prazer. Também, a evocação de imagens mentais pode desempenhar um ótimo meio de provocar o orgasmo, por exemplo, lembrando-se de um momento erótico ou recorrer a uma fantasia na atividade sexual. Adicionalmente, as características da envolvente de toda a atividade sexual parecem potenciar a experiência orgástica.

De forma conclusiva, é necessário haver estimulação adequada e suficiente para existir orgasmo, tanto do ponto de vista mental como corporal. Conhecer o seu corpo e os estímulos que dão prazer faz parte de uma sexualidade rica, saudável e satisfatória.

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