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Síndrome dos “Bichos-Carpinteiros”

O Júnior é um menino muito brincalhão e bem-disposto que, a pedido professora e por motivos de irrequietude, foi ao psicólogo. Depois de algumas consultas, o Júnior ficou a saber que tem a síndrome dos bichos-carpinteiros.

Esta situação tem deixado o Júnior muito preocupado porque todos apontam o dedo aos seus bichos-carpinteiros, mas ninguém é capaz de lhe explicar quem são.

Assim, de forma divertida e recorrendo ao imaginário, vamos explicar o que é a síndrome dos bichos-carpinteiros, ao Júnior e a tantas outras crianças na sua situação.

Atualmente, todos nós já ouvimos falar da síndrome dos bichos-carpinteiros.

Estes pequenos parasitas abrigam-se no nosso corpo e na nossa mente. Fazem cócegas e falam para lá do que é audível.

Uns, muito irrequietos, transmitem ideias, pedem comportamentos e exigem ação. Outros, muito inertes, retiram ideias, escondem respostas e exigem desatenção.

O que é certo é que, para conviver com estes bichos-carpinteiros é preciso muita ginástica. Ginástica mental.

De onde vêm?

Perante determinados acontecimentos, surgem emoções com as quais não conseguimos lidar. Assim criam-se certos buraquinhos na nossa cabeça, no nosso corpo e na nossa pessoa. É aí que os bichos-carpinteiros se alojam. E, apesar dos bichos-carpinteiros serem muito indesejados, eles têm uma função imprescindível: camuflar as nossas lacunas e tudo aquilo com que não temos capacidade para lidar.

Para onde vão?

Perante estas colónias de bichos-carpinteiros existem duas soluções. A mais rápida que consiste em adormecer os bichos-carpinteiros. A mais lenta que consiste em exterminar os bichos-carpinteiros.

Para melhor conseguirmos lidar e exterminar os bichos-carpinteiros, na maioria dos casos, é necessário recorremos às duas técnicas. Assim é importante termos conhecimento que a segunda tende a ser mais trabalhosa, implicando duas fases:

1- Identificar o tipo, a dimensão e a razão do buraco em que o bicho-carpinteiro está alojado;

2- Implementar um plano de trabalho que permita dar novos contornos ao buraco, adaptando as ferramentas necessárias para o efeito e não deixando espaço à existência do bicho-carpinteiro.

Em suma, os nossos buracos devem ser enfrentados, pensados e trabalhados como forma de desparasitar no nosso corpo e a nossa mente. Por outras palavras, temos de trabalhar as nossas emoções, o nosso comportamento e, acima de tudo, as nossas dificuldades. Só assim podemos tratar os bichos-carpinteiros.

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