Habituamo-nos a amar os outros, a ter compaixão pelos outros. E raramente nos ensinam a gostar de nós, a conhecermo-nos, a perceber a nossa essência. Somos normalmente o maior inimigo de nós próprios, porque nos auto-criticamos, porque não fomentamos a nossa auto-estima, porque todos querem que não falhemos, incluindo nós. Somos injustos! Raramente paramos para pensar na pessoa que somos. Raramente nos elogiamos. É tempo de deixar de se aplicar a expressão “modéstia à parte” porque devemos efetivamente apreciar o que fazemos, querer o melhor para nós e ser autênticos. Para amar os outros temos que nos amar a nós próprios primeiro. Porque sem isso, é difícil percebermos como alguém poderá gostar verdadeiramente de nós. Ou porque sem isso não conseguimos encontrar um equilíbrio saudável entre “nós” e as nossas relações sociais e amorosas.
Gostar de si próprio irá permitir aceitar-se tal e qual como é, o que lhe trará grandes benefícios pessoais, nomeadamente redução do stress, aumento da auto-estima e resiliência, associado a uma redução da auto-crítica e pessimismo. Isto acarreta consequentemente enormes vantagens para enfrentar o seu dia-a-dia, uma vez que irá tornar-se uma pessoa mais segura, ambiciosa, mais tolerante às dificuldades e desafios inerentes e menos punitiva consigo própria.
Ora registe algumas estratégias para estimular o seu amor próprio:
– seja autêntico! aceite as suas emoções, sejam elas positivas ou negativas pois ambas serão reais, necessárias e, acima de tudo, passageiras! As positivas irão proporcionar-lhe um estado geral de felicidade; as negativas serão uma oportunidade para vencer e amadurecer;
– lide com os seus pensamentos de forma natural pois eles irão surgir a todo o momento, espontaneamente. Observe-os e encare-os como resultante das suas vivências; aceite as suas vivências sem as julgar em demasia, uma vez que irá sentir-se desconfortável consigo próprio;