Ao longo do dia passamos várias vezes por estados de transe. Está-se num estado de transe ligeiro quando se foca a atenção no que se passa no nosso interior, dando relevância aos pensamentos desligando-nos do "mundo" exterior. É a experiência a que habitualmente se chama de estar a "sonhar acordado".
O transe é um excelente estado quando se procura meditar, relaxar, fantasiar ou fazer planos seja para o que for. É em regra um estado de repouso e de relaxamento. Pode entrar-se numa espécie de estado de transe quando se realizam actividades do quotidiano, como vestir-se, tomar o pequeno-almoço ou ir a caminho do trabalho, em que se actua como se se estivesse em “piloto automático”. Podem desenvolver-se actividades complexas estando nesse estado de transe. O inconsciente toma conta da pessoa enquanto ela realiza tarefas aprendidas e automatizadas.
Pode também acontecer que a pessoa seja levada a situações de transe diário não tão agradáveis ou positivas. Isto pode acontecer quando se experimenta algo perturbador, levando-a a fantasiar com cenários de contornos e características menos simpáticos. O estado em que se entrou, tem menos que ver com o que aconteceu, mas com a fantasia que foi desencadeada pela mesma pessoa. A reacção e as sensações tidas devem-se mais aos pensamentos e sensações internas do que à realidade em si.
Estas situações podem ser cansativas e no extremo, obsessivas. As preocupações são um bom exemplo de um estado de transe que activa recursos muito limitados. As pessoas preocupam-se com as suas ideias do que poderia ter acontecido e não com o que aconteceu ou que está efectivamente a acontecer e que em regra, é nada. São chamados estados de fuga.
Também é possível entrar-se num estado de transe quando a pessoa se magoa ou entra em estado de choque. Nestas situações, a pessoa pode sentir-se desorientada, confusa, desconcentrada, enquanto a mente tenta processar o que aconteceu. Numa sessão de Hipnoterapia com a ajuda do Psicólogo o estado de transe surge naturalmente com o auxilio de técnicas de relaxamento, podendo o paciente desta forma recordar acontecimentos positivos ou negativos úteis e facilitadores para o processo de terapia.
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