"A esperança seria a maior das forças humanas, se não existisse o desespero."
Victor Hugo
A palavra esperança tem um sabor a promessa, de que o que realmente desejamos irá, num dia (destes?) concretizar-se.
No entanto, como tudo na vida, este sentimento de esperança pode ter contornos mais realistas ou irrealistas. A forma e os contextos nos quais interiorizamos este sentimento, que não nos deixa desistir de algo, pode gerar-nos quer emoções que impulsionam a optimização ( ex: "Eu tenho a esperança de um dia conseguir ser mais confiante e, por isso, vou tentar trabalhar nesse sentido" ) quer emoções mais angustiantes, que nos impedem de 'sair do mesmo lugar' (ex: "O João dá-me sinais de que podemos ter algo mais, tenho esperança de que iremos ter uma relação séria").
A dificuldade encontra-se em perceber o benefício de continuar a ter esperança e o locus de controlo que coloco em algo vir a realizar-se, por exemplo: 'O que espero que se concretize depende de mim ou de outra pessoa?'. Se o que espero depende de uma outra pessoa e não de algo que sei que sou eu que estou empenhado, é perigoso prolongar demasiado a esperança em algo que depende do empenho de outra pessoa ou do seu comprometimento.
Analise bem todas as circunstâncias e benefícios em manter este sentimento que pode ser verdadeiramente ‘um pau de dois bicos’. Se essa esperança que mantém lhe está a trazer sofrimento e não depende de si aquilo que ambiciona e que o prende a esse sentimento, deve ponderar e se o melhor não será abandonar essa dita esperança.
Pense primeiro em si, no seu bem-estar e não se agarre a ‘tábuas de salvação’ que não são impulsionadas por si. Cultive todos os dias o seu amor-próprio e auto-compaixão, a esperança não pode, nem deve, ‘ser a ultima a morrer’.
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